BCE antecipa crescimento para a Zona Euro e coloca PIB a crescer 0,9% em 2024.
O crescimento do PIB em 2024 será “apoiado pelo aumento dos rendimentos das famílias, pela procura externa e por uma certa recuperação do investimento empresarial”, antecipa o BCE.
O Banco Central Europeu (BCE) está mais otimista para a economia da área do euro do que estava em março. Segundo as mais recentes projeções económicas da entidade liderada por Christine Lagarde, o PIB real da Zona Euro deverá crescer 0,9% este ano, mais 0,3 pontos percentuais do que o BCE estimava há três meses.
“A economia da área do euro recuperou no início de 2024 mais do que o esperado nas projeções de março de 2024 elaboradas por especialistas do BCE, com um impulso do comércio líquido e do aumento das despesas das famílias”, justifica o BCE num relatório publicado esta quinta-feira, apontando agora para “a continuação do crescimento a curto prazo a um ritmo mais elevado do que o anteriormente previsto.”
Os técnicos da autoridade monetária da área do euro referem ainda que o crescimento do PIB ao longo deste ano deverá ser “apoiado pelo aumento dos rendimentos das famílias, pela procura externa e por uma certa recuperação do investimento empresarial.”
Foi justamente sustentado nas conclusões deste relatório que a presidente do BCE, no decorrer da conferência de imprensa após o anúncio do primeiro corte de 25 pontos base das taxas diretoras em quase cinco anos, referiu “esperar que a economia continue a recuperar” e que a “recuperação deverá ser apoiada pelo aumento dos rendimentos reais”.
No entanto, as novas previsões do PIB da área do euro para 2025 ficam 0,1 pontos percentuais abaixo das projeções de março, com os especialistas da entidade monetária da Zona Euro a preverem agora um crescimento real da economia do euro de 1,5% no próximo ano.
Também com uma revisão em alta (se bem que de forma mais moderada) estão as projeções do BCE para a inflação em 2024 e também em 2025. Medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), os especialistas do BCE antecipam que, após atingir 5,4% em 2023, a inflação abrande para 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026. Estas previsões indicam uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais para 2024 e 2025, “refletindo, sobretudo, preços mais elevados das matérias-primas energéticas e uma pressão salarial mais forte”, lê-se no relatório.
A inflação subjacente (excluindo bens energéticos e os bens alimentares) também deverá seguir uma trajetória descendente nos próximos anos, segundo as novas projeções do BCE, atingindo 2,8% em 2024, 2,2% em 2025 e 2% em 2026. “Esta tendência reflete uma moderação nos preços dos serviços, que deverão permanecer acima da média histórica durante o período de projeção”, apontam os técnicos da autoridade monetária da área do euro.
No mercado de trabalho da Zona Euro, o BCE antecipa que a taxa de desemprego se situe estável, em torno dos 6,5% em 2024 e 2025, e possa cair para um mínimo histórico de 6,3% em 2026. Estas previsões foram revistas em baixa em 0,2 pontos percentuais em média ao longo do horizonte de projeção, refletindo dados recentes mais positivos e uma perspetiva de emprego mais robusta.
No plano fiscal e orçamental dos 20 Estados-membros que constituem a Zona Euro, a entidade liderada por Christine Lagarde prevê um “aperto gradual”, especialmente em 2024, devido à retirada de uma parte significativa das medidas de apoio aos combustíveis e mitigação da subida da inflação, que foram introduzidos em 2022.
“Para 2025 e 2026, prevê-se um novo aumento da restritividade da orientação orçamental, embora a um ritmo muito mais lento, devido a uma nova redução do apoio à energia remanescente em 2025, a um crescimento mais lento dos subsídios e de outras transferências orçamentais e a algumas medidas do lado da receita”, lê-se ainda no comunicado do BCE.
Essas movimentações contribuirão para, segundo as previsões dos especialistas do BCE, melhorar o défice orçamental da área do euro, descendo de 3,1% do PIB este ano para 2,8% em 2025 e 2,6% em 2026 – estas projeções foram revistas ligeiramente em alta para 2026, refletindo um saldo orçamental estrutural melhorado e uma componente cíclica mais favorável.
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